Todas as bombas trabalham com o princípio que, quanto maior a vazão do sistema, menos energia ela pode fornecer. A associação de bombas acontece quando utiliza-se mais de uma bomba no sistema para complementar algum parâmetro do projeto, como maiores pressões e vazões. Saber escolher o tipo de associação pode salvar o seu projeto. Veja aqui a explicação e descubra!
A associação de bombas é quando utiliza-se mais de uma bomba no sistema para complementar algum parâmetro do projeto, como maiores pressões e vazões.
Normalmente este recurso é utilizado quando o sistema requer bombas com parâmetros fora do que uma bomba real pode suprir.
As bombas centrífugas por exemplo, possuem a característica que quanto mais vazão ela precisa dar ao sistema, menor é a pressão entregue. Confira nos gráficos abaixo.
Fonte: Catálogo de bombas Schneider
Fonte: Catálogo de bombas Schneider
Em casos que necessita-se de muita vazão e muita pressão se utiliza bombas associadas.
Além deste cenário, utiliza-se a associação de bombas quando queremos diminuir o pico de corrente do projeto elétrico, em que é mais vantajoso utilizar duas bombas de 10 cv do que uma de 20 cv.
Há também o fator rendimento, visto que bombas associadas que têm um rendimento superior, no ponto de funcionamento, do que uma bomba sozinha com rendimento menor. Isso gera economia na instalação elétrica, consumo de energia e manutenção.
Fonte: Catálogo de bombas Schneider
Associação em paralelo
A associação em paralelo é a utilização de bombas que succionam de um mesmo ramal e recalcam para um mesmo ramal.
Fonte: Hugo Guedes UFPEL
Em termos de dimensionamento e parâmetros de projeto, na associação de bombas em paralelo, conforme gráfico abaixo, os valores de vazão das bombas somam-se (bomba 1 – linha azul e bomba 2 – linha vermelha) e formam uma nova linha que representa o novo valor de vazão (linha amarela).
Vale ressaltar, que a soma dos valores de vazão ocorrem nos intervalos em comum das duas bombas. Por exemplo, na bomba indicada em vermelho, não temos valores para vazões com pressões abaixo de 50 m.c.a., diferentemente da curva em azul.
Logo, sempre utiliza-se valores em comum para traçar a nova curva.
Como fica a curva da bomba quando associamos em paralelo?
Note que, as os valores das vazões se somam para o mesmo ponto do eixo x (altura manométrica).
Fonte: O Autor
Associação em Série
Já a associação em série é quando uma bomba recalca a água para o ramal de sucção da outra.
Fonte: Hugo Guedes UFPEL
Em termos de dimensionamento, as pressões manométricas se somam. Você pode conferir no gráfico anterior representado em verde.
Com isso, temos mais pressão no sistema, sem aumentar a sua vazão ou utilizar bombas maiores.
Exemplo de substituição de uma bomba para duas em paralelo
Um sistema necessita entregar uma vazão de 47,3 m³/h à uma altura manométrica de 90 m.c.a. como ponto de funcionamento.
Para atender o sistema foi escolhida a bomba ME-32250 C167 da Schneider de 25 cv com a seguinte característica hidráulica.
Fonte: Catálogo de bombas Schneider
Houve um problema de instalação elétrica e o mesmo não suportará a partida de uma bomba de 25 cv e o proprietário não sabe o que fazer. Como resolver essa situação?
Uma possível solução é escolher duas bombas menores, com um rendimento melhor, e instalar em paralelo. É o caso da ME-32150 A167 de 15cv.
Fonte: Catálogo de bombas Schneider
Como as vazões são divididas, a vazão necessária para cada bomba, para a mesma altura manométrica deve ser de 23,65 m³/h.
Assim, a nova associação de bombas terá 25 m³/h cada, atendendo ao sistema.
Autor: Engenheiro Civil Allan Souza Mendes
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